O que é Letramento?
Letramento não é um gancho
Em que se pendura cada som enunciado,
Não é um treinamento repetitivo
De uma habilidade,
Nem um martelo
Quebrando blocos de gramática
Letramento é diversão
É leitura à luz de vela
Ou lá fora, à luz do sol
São notícias sobre o presidente,
O tempo, os artistas da TV
E mesmo Mônica e cebolinha
Nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
Uma lista de compras
Recados colados na geladeira,
Um bilhete de amor,
Telegramas de parabéns e cartas
De velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
Sem deixar sua cama
E rir e chorar
Com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
Sinais de trânsito, caças ao tesouro,
Manuais, instruções, guias,
E orientações em bulas de remédios,
Para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
Um mapa do coração do homem,
Um mapa de quem é você,
E de tudo que você pode ser.
Poema escrito por Kate M. Chong, estudante norte-americana de origem asiática. In SOARES, 2003,p. 40)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Oficina 6 - Unidades 11 e 12
11/07/2009
Iniciei a oficina com a dinâmica do “desafio”. Com ela refletimos a respeito da importância de os enfrentarmos com coragem e entusiasmo, pois podemos encontrar surpresas/resultados agradáveis. Foi um momento muito interessante com participação de todos os cursistas.
Em seguida pedi-lhes que relatassem a respeito do estudo feito com as unidades 11 e 12. Alguns não tiveram tempo para execução das atividades propostas na TP, e fizeram apenas a leitura das unidades. Os tipos textuais não eram desconhecidos, porém, todos eles disseram que encontraram novidade com o estudo do tipo preditivo e com relação ao tipo dissertativo em envolver os dois aspectos (exposição e argumentação). Eles também fizeram observações em relação a algumas atividades, como a atividade 15, p. 122( muito interessante), e a atividade 4, p. 156 (disseram que é difícil identificar todas as sequências tipológicas existentes dentro de um texto). Com as discussões que surgiram, pude perceber que com este estudo eles ampliaram o conhecimento a respeito de gênero e tipo textual e esclareceram muitas dúvidas a respeito do assunto.
Quanto ao avançando na prática, eles estão escolhendo as atividades que enquadram dentro do seu planejamento. A atividade mais trabalhada foi o jogo, fazendo descrição de um objeto. Outra que foi trabalhada foi fazer parágrafo descritivo e outro narrativo a partir da observação de uma foto. E ainda teve uma professora que trabalhou um texto publicitário. As dificuldades encontradas pelos alunos foi praticamente as mesmas: diferenciar as sequências narrativas e descritivas. Pois a maioria dos alunos tem dificuldade em identificar as sequências cronológicas do texto narrativo. Os professores fizeram um estudo mais detalhado com os alunos, usando as atividades da própria TP, para sanar essas dificuldades e disseram que obtiveram êxito.
A parte III da oficina foi muito enriquecedora para todos. Durante o estudo em pequenos grupos pude perceber que alguns ainda faziam confusão com os termos “gênero” e “tipo” textual, mas os próprios colegas esclareciam as dúvidas. No momento da socialização, apenas um grupo percebeu que as ironias e críticas presentes no texto não eram adequadas para esse nível de escolaridade, mas nem o próprio grupo estava convencido disso. Neste momento aproveitei para intervir e questioná-los a respeito da fonte do texto, do autor, da correção linguística, e a partir desse questionamento houve uma grande discussão e eles fizeram uma nova leitura do texto. Foi um momento de grande avanço no conhecimento teórico dos cursistas.
Quanto a avaliação, todos estão achando o momento da oficina muito proveitoso e a troca de experiência muito valiosa. Posso perceber que todos estão ampliando seus conhecimentos e melhorando sua prática pedagógica. Alguns cursistas não estão conseguindo conciliar o programa com seu trabalho e estão com dificuldades para entregarem os relatórios, dizendo que o momento está difícil por ser final de semestre, avaliações, conselho de classe, etc. Mas acho que isso é só uma questão de tempo. Logo todos estarão com o trabalho atualizado.
O assunto da próxima TP foi abordado com a leitura do poema “O que é Letramento”.
No final, entreguei uma pequena mensagem com o texto de Paulo Freire:
Patrícia Rodrigues Costa
Iniciei a oficina com a dinâmica do “desafio”. Com ela refletimos a respeito da importância de os enfrentarmos com coragem e entusiasmo, pois podemos encontrar surpresas/resultados agradáveis. Foi um momento muito interessante com participação de todos os cursistas.
Em seguida pedi-lhes que relatassem a respeito do estudo feito com as unidades 11 e 12. Alguns não tiveram tempo para execução das atividades propostas na TP, e fizeram apenas a leitura das unidades. Os tipos textuais não eram desconhecidos, porém, todos eles disseram que encontraram novidade com o estudo do tipo preditivo e com relação ao tipo dissertativo em envolver os dois aspectos (exposição e argumentação). Eles também fizeram observações em relação a algumas atividades, como a atividade 15, p. 122( muito interessante), e a atividade 4, p. 156 (disseram que é difícil identificar todas as sequências tipológicas existentes dentro de um texto). Com as discussões que surgiram, pude perceber que com este estudo eles ampliaram o conhecimento a respeito de gênero e tipo textual e esclareceram muitas dúvidas a respeito do assunto.
Quanto ao avançando na prática, eles estão escolhendo as atividades que enquadram dentro do seu planejamento. A atividade mais trabalhada foi o jogo, fazendo descrição de um objeto. Outra que foi trabalhada foi fazer parágrafo descritivo e outro narrativo a partir da observação de uma foto. E ainda teve uma professora que trabalhou um texto publicitário. As dificuldades encontradas pelos alunos foi praticamente as mesmas: diferenciar as sequências narrativas e descritivas. Pois a maioria dos alunos tem dificuldade em identificar as sequências cronológicas do texto narrativo. Os professores fizeram um estudo mais detalhado com os alunos, usando as atividades da própria TP, para sanar essas dificuldades e disseram que obtiveram êxito.
A parte III da oficina foi muito enriquecedora para todos. Durante o estudo em pequenos grupos pude perceber que alguns ainda faziam confusão com os termos “gênero” e “tipo” textual, mas os próprios colegas esclareciam as dúvidas. No momento da socialização, apenas um grupo percebeu que as ironias e críticas presentes no texto não eram adequadas para esse nível de escolaridade, mas nem o próprio grupo estava convencido disso. Neste momento aproveitei para intervir e questioná-los a respeito da fonte do texto, do autor, da correção linguística, e a partir desse questionamento houve uma grande discussão e eles fizeram uma nova leitura do texto. Foi um momento de grande avanço no conhecimento teórico dos cursistas.
Quanto a avaliação, todos estão achando o momento da oficina muito proveitoso e a troca de experiência muito valiosa. Posso perceber que todos estão ampliando seus conhecimentos e melhorando sua prática pedagógica. Alguns cursistas não estão conseguindo conciliar o programa com seu trabalho e estão com dificuldades para entregarem os relatórios, dizendo que o momento está difícil por ser final de semestre, avaliações, conselho de classe, etc. Mas acho que isso é só uma questão de tempo. Logo todos estarão com o trabalho atualizado.
O assunto da próxima TP foi abordado com a leitura do poema “O que é Letramento”.
No final, entreguei uma pequena mensagem com o texto de Paulo Freire:
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos
nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.
Patrícia Rodrigues Costa
Oficina 5 - TP3 Unidades 9 e 10
Realizamos no dia 27/06/2009, em Taiobeiras, a oficina 5 (unidades 9 e 10).
Atendendo a pedido dos cursistas, mudamos o local da oficina para a E.E. Oswaldo Lucas (as primeiras foram realizadas na E.M. João Cruz). Mas, acho que a direção da escola não entendeu como funciona as oficinas e não foi reservado salas para realização das mesmas. Foi disponibilizado o anfiteatro da escola para Matemática e Língua Portuguesa. Portanto, no primeiro momento juntamos todos os cursistas. Iniciamos com a apresentação da mensagem “A lição da Mosca”, a qual faz uma reflexão a respeito da necessidade de mudança de estratégia. Se a situação se modifica temos que mudar também nossas ações. Os cursistas fizeram alguns comentários importantes e ressaltaram que o programa Gestar II, já está ajudando-os a mudarem de estratégia, mediante as circunstancias que enfrentam atualmente nas salas de aula. Definimos neste momento o cronograma das próximas oficinas, e falamos um pouco a respeito do projeto pedagógico que todos deverão desenvolver até o final do programa. E em seguida, dividimos as turmas para iniciarmos os trabalhos.
O momento da retomada das unidades estudadas foi muito rico. Todos participaram ativamente e elogiaram o material, enfatizando a importância dos aspectos teóricos abordados na TP. O estudo dos gêneros textuais é muito significativo, pois, muitas vezes, nos achamos detentores do conhecimento e afundamos na nossa própria falta de visão.
O relato das experiências foi o momento mais importante da oficina. Alguns cursistas não conseguiram recolher o trabalho desenvolvido com os alunos e consequentemente, não fizeram o relatório. Alegaram que houve feriado municipal, caminhada promovida pela escola e não tiveram tempo suficiente para concluir o trabalho. Orientei-os a concluírem o trabalho o quanto antes e trazerem na próxima oficina, juntamente com a lição de casa das unidades 11 e 12. Disse-lhes ainda, que agilizassem seus trabalhos, para evitarem acúmulo de atividades, lembrando que todos estão sendo avaliados.
Os demais cursistas que estavam com o trabalho pronto, relataram suas experiências, seus avanços e dificuldades. A maioria deles, fizeram o avançando na prática com a biografia de Carlos Drummond de Andrade. E cada um tinha o porquê da escolha. Alguns porque já estavam desenvolvendo projeto literário na escola e esta atividade veio complementar. Utilizaram outras biografias para estudo, outros levaram os alunos na biblioteca para pesquisa e leitura de biografias. As maiores dificuldades que os alunos tiveram foi escreverem a biografia deles em terceira pessoa. A professora Jane Selby disse que conseguiu sanar essas dificuldades com explicações e leituras de outras biografias junto com eles.
Outros cursistas fizeram o avançando na prática com os gêneros do domínio jornalístico, ressaltando a importância desse suporte textual na sala de aula. E ainda teve uma professora que trabalhou com fábulas.
O importante é que todos escolheram cuidadosamente a atividade, observando a turma em que iriam aplicar e o nível de desenvolvimento dessa turma. Muitos confessaram que subestimaram os alunos e se surpreenderam quando viram o resultado do trabalho deles.
Na parte III da oficina, todos os grupos escolheram o texto de Manuel Bandeira, para a proposta de atividades. Abordaram o uso do gênero textual em sentido figurado e que identificamos o gênero pelo uso. As atividades propostas foram bem enriquecedoras para o avanço do conhecimento dos alunos. Alguns cursistas disseram que iria aplicá-las com sua turma.
No momento da avaliação, como já era de se esperar, todos disseram que ficou um pouco tumultuado as duas oficinas ( matemática e Língua Portuguesa) acontecendo no mesmo ambiente. Mas que o estudo da TP, a realização das atividades em sala e a troca de experiência durante a oficina, está sendo muito enriquecedor.
Estou bastante animada com a turma e já consegui resolver o problema do espaço para realização das próximas oficinas.
Patrícia Rodrigues Costa
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