Iniciei a oficina com a dinâmica do “desafio”. Com ela refletimos a respeito da importância de os enfrentarmos com coragem e entusiasmo, pois podemos encontrar surpresas/resultados agradáveis. Foi um momento muito interessante com participação de todos os cursistas.
Em seguida pedi-lhes que relatassem a respeito do estudo feito com as unidades 11 e 12. Alguns não tiveram tempo para execução das atividades propostas na TP, e fizeram apenas a leitura das unidades. Os tipos textuais não eram desconhecidos, porém, todos eles disseram que encontraram novidade com o estudo do tipo preditivo e com relação ao tipo dissertativo em envolver os dois aspectos (exposição e argumentação). Eles também fizeram observações em relação a algumas atividades, como a atividade 15, p. 122( muito interessante), e a atividade 4, p. 156 (disseram que é difícil identificar todas as sequências tipológicas existentes dentro de um texto). Com as discussões que surgiram, pude perceber que com este estudo eles ampliaram o conhecimento a respeito de gênero e tipo textual e esclareceram muitas dúvidas a respeito do assunto.
Quanto ao avançando na prática, eles estão escolhendo as atividades que enquadram dentro do seu planejamento. A atividade mais trabalhada foi o jogo, fazendo descrição de um objeto. Outra que foi trabalhada foi fazer parágrafo descritivo e outro narrativo a partir da observação de uma foto. E ainda teve uma professora que trabalhou um texto publicitário. As dificuldades encontradas pelos alunos foi praticamente as mesmas: diferenciar as sequências narrativas e descritivas. Pois a maioria dos alunos tem dificuldade em identificar as sequências cronológicas do texto narrativo. Os professores fizeram um estudo mais detalhado com os alunos, usando as atividades da própria TP, para sanar essas dificuldades e disseram que obtiveram êxito.
A parte III da oficina foi muito enriquecedora para todos. Durante o estudo em pequenos grupos pude perceber que alguns ainda faziam confusão com os termos “gênero” e “tipo” textual, mas os próprios colegas esclareciam as dúvidas. No momento da socialização, apenas um grupo percebeu que as ironias e críticas presentes no texto não eram adequadas para esse nível de escolaridade, mas nem o próprio grupo estava convencido disso. Neste momento aproveitei para intervir e questioná-los a respeito da fonte do texto, do autor, da correção linguística, e a partir desse questionamento houve uma grande discussão e eles fizeram uma nova leitura do texto. Foi um momento de grande avanço no conhecimento teórico dos cursistas.
Quanto a avaliação, todos estão achando o momento da oficina muito proveitoso e a troca de experiência muito valiosa. Posso perceber que todos estão ampliando seus conhecimentos e melhorando sua prática pedagógica. Alguns cursistas não estão conseguindo conciliar o programa com seu trabalho e estão com dificuldades para entregarem os relatórios, dizendo que o momento está difícil por ser final de semestre, avaliações, conselho de classe, etc. Mas acho que isso é só uma questão de tempo. Logo todos estarão com o trabalho atualizado.
O assunto da próxima TP foi abordado com a leitura do poema “O que é Letramento”.
No final, entreguei uma pequena mensagem com o texto de Paulo Freire:
“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos
nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.
Patrícia Rodrigues Costa
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